terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sobre a doença que vocês chamam de amor.

Despedaça-me
Sufoca-me
Eu mal posso respirar.
Amassa-me e escorro por entre seus dedos.
Eu amo a dor que isso me causa.
Meu coração pega fogo
Arde,e dói....
E eu que pensava não ter coração.

domingo, 26 de setembro de 2010

Vazio.

      Perdida em um labirinto.....essas são as melhores palavras para descrever como eu me sinto ultimamente.Combinando isso com um sentimento enorme de perda,sentimento gerado graças ao meu amor pela inexistência.....Amo o que não existe,e isso me faz definhar.Porém,isso me garante todas as possibilidades,principalmente a liberdade que nunca encontrarei em esta terra.
       As lágrimas cairam em uma noite sem estrelas,meu universo todo gritava em uma especie de pranto desesperado.Então os sinos soaram por um momento,soava como o barulho vital de um coração...coração que não era o meu.Nada conseguiria despertar-me a não ser seus olhos,seus olhos frios e escuros como a noite.
       Seus olhos me mostraram o caminho,e sua mão me guiou para o fim.O fim do infinito,a total liberdade que eu nunca tinha encontrado.Você me deu asas,mas tudo que eu queria te dizer era adeus.Eu nao conseguia.....meu pranto em versos.
                        Um ultimo abraço quando não há mais dor,apenas um primeiro e ultimo beijo.
                                           E o vento frio guerreia contra minhas lágrimas..

Tristeza futil,lágrimas inuteis,gritos mudos,em um mundo surdo.
De agora para nunca mais,nao torne isso eterno
Me deixe ir de uma vez por todas.
E esse é o final do sonho.
É a morte do sonhador 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E o corvo disse : "Nunca mais".


Através daqueles olhos de corvo,
Através do agoniante coração da noite.
Soa o triste violino,
Meu grito ecoa pela escuridão.

Lamento por mais um aurora,
Por mais um nascer do sol.
Um mau agouro
Um amargo dia...
E nada mais.

Durante todo esse tempo
Eu desejava ser a morte.
Para ser a ultima a toca-lo,
Queria salva-lo da vida.

Cicatrizes ficaram em meu coração
Perturbando minha paz (a paz que nunca tive),
Grito seu nome...o desespero me consome.
E o corvo me atinge com as palavras fatais
Cortaram me com a mais fria lâmina,
Nunca mais.





*(poema inspirado em The Raven de Edgar Allan Poe,publicado em 1845)
[fonte da imagem usada http://www.artsycraftsy.com/dore/raven19_lamplight.jpg ]

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cortina de veludo.

            Ouça o barulho da chuva......observe, nada é como parece ser.Por mais que eu tente escapar, tudo parece em vão.Escute o barulho da chuva no telhado....por todos esses anos eu estive perdida nas minhas profundezas emocionais....sinto a chuva lavar-me,lavar meus sentimentos, sentimentos que sempre me perturbaram.
            Mais um dilema de um dia cinza,talvez tão cinza como a vida, um dos mais agoniantes,mas os ponteiros do relogio continuam a rodar formando um incessante ciclo.Apenas o tempo tira a beleza de tudo,apenas ele.....mas apenas o tempo poderá entender meus sentimentos que são pesados demais para qualquer humano (exceto eu mesma), sentimentos que guardo em uma caixa de pandora.
           Ninguém pode me salvar, nessa altura da nossa caminhada, a pior das hipoteses se torna apenas um detalhe adicional.....



Um mar revolto e tão azul.....abraçando o fogo vermelho......seja bem vindo ao que é eterno.
     

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Scarlet Scars

Eu sou toda sua tristeza reduzida a uma só lágrima.

Sou aquilo que você odeia de tanto amar,

Eu sou aquilo que faz você arrepiar até o ultimo fio de cabelo,

Sou o medo que perturba sua mente....

Sou a insegurança que te cobra respostas....

E eu sou parte de você.



Sou quem faz você cair exausto, e ofegante....

Eu sou a natureza selvagem que grita dentro de você,

Sou a saudade que te massacra,

Sou eu quem planta as duvidas na sua cabeça,

Sou seus olhos, você ve através de mim.



Você não percebe, mas estou com você ....

Em todos os lugares, estou em você,

Eu grito,eu queimo, eu caio...

A aureola queima e as asas pesam...

Mas, você me carrega contigo.



Sou a agua que banha teu corpo em um dia de frio,

Faço você ficar rouco até que sua voz suma.

Sou o veneno que pinga lentamente em sua boca....

Quando você parar de agonizar,o sangue parar de jorrar,

Então o veneno finalmente irá mata-lo....

Serei a morte para beijar seus frios e vermelhos lábios.







(Poesia feita por mim há algum tempo atrás,postada por ser essencial e por ter me a ideia do titulo do blog.)

Embrace me .... !

            Começando de um dia extremamente chato, onde o único alívio foi a chuva que caiu...a chuva que tardou a cair mas finalmente caiu,limpando a minha alma. Ultimamente estou em um estado de solidão em grupo, mas é assim, afinal sou uma peça sem encaixe...abstrair e vegetar, abstrair e vegetar.
            O grito de desespero do meu coração ecoa,e o motivo está quase tão escondido quanto o próprio,as vezes sinceramente eu gostaria de correr para longe,ir embora....A liberdade que eu tenho ao estender as asas logo termina,pois descubro que até mesmo o céu tem limites; outra vez estou aqui, de frente ao abismo que separa as minhas fantasias da realidade.                                        
            Voarei para longe,o pente da vida passa e eu não vou junto.....o sino sempre bate as 11,e não as 12.Lamentando por um motivo em comum, estou em um labirinto,me salve deste vazio.....ah, eu preciso de um abraço.                                         
                                                                   

                                                     "Embrace me now, delightful ease

  Give me a world of wonderous peace

       Calm the desperate scream in my heart  "