terça-feira, 15 de outubro de 2013

Vênus e Adônis

Nascida em uma concha de madrepérola,
Nua em sua pureza,
Ah, doce devaneio escarlate...
As rosas também têm seus espinhos.

Mas os meus labirintos abissais
Me puxam cada vez mais para o fundo,
Caio em minha própria teia emocional,
Desmanchando o paraíso com as próprias mãos.

O meu oceano, sempre tão revolto.
Mas sempre meu...
Acidente ou destino?
A flecha dourada me acertou.
(Eu deveria ter fugido)

E quando a estrela cadente cortou o céu,
Você foi meu único pedido.

Meu Adônis, perdido em outro mundo,
Você jaz sob minha pele.