domingo, 27 de novembro de 2011

Umbra...


" 'Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!'
Quoth the raven, 'Nevermore.' "
(Edgar Allan Poe)


Assim como ele continuava sua eterna procura
As lágrimas iam caindo, transformavam-se em cristais.
Pálidos, frágeis, frios, sem cor, sem vida.
Era isso e nada mais.

Vendo a pureza esvair-se de seu coração
Transformando-se em algo irreconhecível.
Perdendo a linha da vida, perdendo-se para sempre.
O sol nunca nascerá de novo.

As mãos tremiam, o suor escorria..
Nem mesmo os delírios do ópio conseguiam amenizar,
As verdades, que perturbavam cada vez mais sua alma.
Já não conseguia aguentar mais uma noite de inverno,
Sem sua querida Lenore.
 
 
 
(Baseado no poema "The Raven", Allan Poe.)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Penso, logo falo.

"Talvez, eu deva entender que sou o excesso ou a ausência absoluta.Tenho explosões vorazes, destruo mundos; porém, como vão como vieram (!).                                                                                    
A mediocridade alheia me enoja, a ponto de eu conseguir apenas desprezar.Meu silêncio algumas vezes, não é fruto do vazio que corrói a maioria, mas sim do mais puro desprezo.Confesso que calo-me, e me ausento de mim.                                                                                                             
O que existe, para mim, se divide em duas categorias, aquelas coisas que gosto e dou algum valor, e o resto que é totalmente ignorado.Devo também adicionar, que dissimulação nunca combinou com o meu rosto, e que as vezes me misturo á inconvêniencia, 'Penso, logo falo'.
Algumas vezes admito que não sei usar as palavras como eu gostaria, pois não existem ( e penso que nunca existirá) palavras suficientes.É comum eu me encontrar pensando em questões um pouco absurdas, das quais nunca chego á uma conclusão que me satisfaça, e acabo girando em espirais que logo esqueço.
Sou transparente, e se conseguir chegar muito perto talvez possa ver do outro lado.
Minha sensibilidade sempre foi alta, então me acostumei a ver e sentir coisas que os seres humanos perdidos em seus proprios emaranhados talvez nunca verão, ou sentirão.
Tenho estranhas alegrias...e tudo que eu gosto, eu gosto mesmo.
As vezes, ou é excesso ou é ausência....ou sou eu, ou eu sou."



*Texto escrito por mim em uma das crises existenciais mais tensas que tive...escrevi há algum tempo atrás, e como não ando tendo muito o que postar acabei postando isso =D.